sábado, 29 de dezembro de 2012

Zorra Total: Adelaide quer ajuda para comprar vestido novo do Réveillon



No episódio de Zorra Total deste sábado, dia 29, Adelaide (Rodrigo Sant’anna) não deixa os passageiros do Metrô Zorra Brasil em paz. Depois de ter sido convidada para uma festa de Réveillon, ela precisa arrumar dinheiro para comprar o que vestir para toda a família. O último Zorra do ano vai ao ar na Rede Globo, a partir das 22h12, horário de Brasília, logo após Salve Jorge.
E Adelaide não está sozinha em sua missão de Ano Novo! Acompanhada da filha Brit Sprite (Isabelle Marques), ela pede doações de “centarros” no vagão. Mesmo percebendo que a quantia recolhida não dá para comprar as roupas desejadas, as duas não desistem do sonho de comparecer ao evento e decidem investir em um papo futurista para convencer o maior número de pessoas a fazer doações. Tudo para conquistar o modelito tão desejado.


Fonte: http://redeglobo.globo.com/novidades/noticia/2012/12/zorra-total-adelaide-quer-ajuda-para-comprar-vestido-novo-do-reveillon.html


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Entrevista com Rodrigo Sant'anna



Rodrigo Sant'Anna (Foto: Zô Guimarães)

Sucesso no 'Zorra Total', Rodrigo Sant’anna lembra os tempos difíceis de antes da fama, conta como era a infância no Morro dos Macacos, comunidade da Zona Norte do Rio de Janeiro, e diz que tem um reencontro de vida com Thalita Carauta, sua parceira na TV -

Mesmo de cara limpa, sem a maquiagem de Valéria e Adelaide, personagens com os quais alcançou o sucesso no humorístico Zorra Total, Rodrigo Sant’anna é reconhecido pelos fãs nas ruas, que brincam com os bordões criados pelo comediante, como “Eu sou a cara da riqueza” e “Ai, como eu tô bandida!”.

O carinho do público dá noção do tamanho da popularidade do ator de 31 anos, que não se deixa seduzir com elogios. “Não me deslumbro com o sucesso”, afirma, sério. Carioca, Rodrigo foi criado no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro, comunidade pacificada em 2010, antes conhecida pela violência. A experiência na favela e no subúrbio de Quintino, onde também morou, deram ao ator material para criar, em 2006, o espetáculo Os Suburbanos  após cursos no Tablado e na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL).

A comédia fez de Rodrigo um sucesso e o levou à TV, onde participou do seriado A Diarista (2005) e ficou quatro anos na Turma do Didi. No Zorra desde 2010, ele também participa de dois programas de rádio no Rio e está em cartaz com o espetáculo 'Shrek – O Musical', vivendo o Burro. Seu sonho é trabalhar com Miguel Falabella, um de seus ídolos. O outro era Chico Anysio. “Ele passava no corredor, eu me escondia”, lembra.
QUEM: De onde veio a vontade de ser ator? Rodrigo Sant’anna: Já pensava nisso com 14 anos, mas escola de teatro era cara. Com 18, pedi para minha mãe o curso do Tablado. Já na faculdade, falei “quero fazer CAL” e não tinha grana. Trabalhava como operador de telemarketing e pedi demissão. Paguei o primeiro mês da CAL, minha mãe pagou o segundo e ficou endividada, no terceiro não ia ter dinheiro. Aí, passei em uma seleção de um projeto de apresentações educativas nas estações e trens do metrô. Foi o que custeou três anos e meio de aulas.
QUEM: Como foi sua experiência como atendente de telemarketing?
RS:
 Foi o pior ano da minha vida. Acordava 4h e meia da manhã. Imagina ficar seis horas com um headphone no ouvido e 15 minutos de intervalo.
QUEM: Chegou a ser xingado pelos clientes?
RS:
 Sim, mas eu desligava várias ligações. Se a pessoa vai xingar, a gente pode desligar. Hoje, do outro lado, já perdi a paciência também. Sempre peço para falar com o supervisor. O que descobri é que você tem que ligar muito estressado. Quando você entra calmo, vão tentar te engambelar.
QUEM: Teve outro emprego, além do telemarketing?
RS:
 Entreguei panfleto para uma clínica dentária, durou um dia. Fiz Tablado e CAL e fui fazer outro curso. Mas não aguentava mais, queria ganhar dinheiro. Fui para São Paulo, porque ouvi dizer que teatro lá era mais fácil. Fui de ônibus e passei o dia distribuindo currículo em shopping para ver se arrumava um emprego e conseguia me sustentar. Nenhuma loja me ligou até hoje. Desisti e fiquei no Rio.
QUEM: Quando veio a virada?
RS:
 Teve um concurso em um festival de esquetes e apresentei alguns, de Os Suburbanos. A Thalita Carauta ganhou o prêmio de melhor atriz nesse festival. Montamos o espetáculo e fizemos Os Suburbanos juntos. Aí, foi indo.
QUEM: Você e Thalita são amigos fora do trabalho?
RS:
 É uma amizade de mais de dez anos. A gente tem um reencontro de vida. Somos amigos, a televisão foi uma consequência.
QUEM: Conseguiu manter as amizades de antes da fama?
RS:
 Vivi uma realidade muito diferente da que tenho hoje. Vi amigos que já morreram no tráfico, outros foram para uma profissão digna. Ainda morava no Morro dos Macacos quando fazia o Tablado. Tinha aqueles amigos ali e ia fazer aula com o João Velho, filho da Cissa Guimarães. Ele fazia ensaio do Tablado com uma blusa da Gap que para mim era um sonho de consumo.
QUEM: Comprou a blusa da Gap quando teve dinheiro?
RS:
 Não. Fui para os Estados Unidos e vi que a Gap não era tudo isso (risos).
QUEM: Você viveu no Morro dos Macacos quando a comunidade não tinha sido pacificada. Como foi crescer nesse ambiente?
RS:
 A gente não se dá conta quando está vivendo a situação. Adorava ver tiroteio, era uma diversão. Imagina uma mesmice, você adolescente, mais um dia igual, aí começa um tiroteio, sai da janela. Isso era divertido. Sem hipocrisia, era mesmo. Quando já estava na TV, fui assistir a Tropa de Elite com a minha madrinha, Solange. Saí do cinema aos prantos, angustiado porque ela ainda vivia aquilo.
QUEM: Você não tinha a dimensão do risco que corria?RS: Quando estava crescendo, não tinha noção. Na época da faculdade, à noite, tinha que ligar, perguntar como estavam as coisas, “melhor não vir para casa”. Acabei indo morar com minha mãe por causa do inconveniente que é morar numa comunidade. Tá dando tiro, fica aí embaixo.
QUEM: Por que você não morava com sua mãe?
RS: 
Meus pais, Ana Lúcia e Francisco, se separaram quando eu tinha 2 anos. Minha mãe tinha que trabalhar e precisava me deixar com alguém. Fui criado pela minha madrinha até os 17 anos, mas minha mãe foi superpresente. Tive duas mães.
QUEM: E seu pai?
RS:
 Meu pai foi muito ausente durante a minha vida. Hoje, somos muito unidos porque a família inteira trabalha e viaja comigo.
QUEM: Você começou e largou duas faculdades, de turismo e psicologia. Qual foi a reação da sua família?
RS:
 Foi uma crise, até porque minha mãe se matava para conseguir pagar a faculdade. Até hoje ela fala: “Só não me conformo de o RODRIGO não ter se formado”. Mas entendo, na minha profissão você pode ser muito bem-sucedido ou muito fracassado.
QUEM: Pensou em desistir?
RS:
 Você sempre tem medo de que não dê certo, tem vontade de desistir. Teve uma época em que fazia Os Suburbanos e não tinha dinheiro para pagar o empréstimo que minha mãe estava pagando.
  •  
Rodrigo Sant'Anna (Foto: Zô Guimarães)
QUEM: Tem ídolos?RS: Miguel Falabella, sonho trabalhar com ele. Chico Anysio era um gênio. Por causa da timidez, ele passava no corredor e eu me escondia. Um dia, me chamou para conversar, disse que gostava do meu trabalho. Convidei o Chico para me ver no teatro, e ele foi de cadeira de rodas. Depois me disseram que foi o último espetáculo que viu.
QUEM: Sempre foi tímido?
RS:
 Sim. Na escola, nunca me oferecia para ler. Encontrei com o Leandro Hassum, que me deu aula no Tablado, e ele disse: “Não sei o que você fez, porque você era muito ruim”. Eu era muito travado.
QUEM: Quando você “fica bandido”?
RS:
 Com injustiça, fico bem bandido. E, no meio de amigos, quando estou mais à vontade.
QUEM: Você está namorando?
RS:
 Agora não. De um tempo para cá, ando pensando em filhos.
QUEM: A profissão trouxe estabilidade financeira?
RS:
 Trouxe estabilidade, mas trouxe responsabilidades, o condomínio que não existia e que tenho que pagar. Tirei minha mãe do subúrbio!
QUEM: Tem casa própria?
RS:
 Sim. Mas não me deslumbro com o sucesso, com estar morando na Zona Sul. Acho incrível estar perto da praia, era um sonho de consumo, sempre tive que pegar ônibus para ir à praia.
QUEM: E hoje, que você mora perto da praia?
RS:
 Não tenho tempo para ir à praia!
Rodrigo Sant'Anna (Foto: Zô Guimarães)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

‘Shrek — O Musical’ estreia nesta sexta.

Rio -  Sem noção, convencido, indiscreto, chato, tagarela... A lista de defeitos para o Burro Falante da animação ‘Shrek’ é enorme. Mas a verdade é que, quando entra em cena, ele faz todo mundo gargalhar e se emocionar com as suas tiradas. Responsável por dar vida ao personagem na versão adaptada para o teatro, Rodrigo Sant’anna, a Valéria (“Ai, como eu tô bandida”) do ‘Zorra Total’, garante que não vai deixar barato e promete ‘tocar o terror’ na estreia de ‘Shrek — O Musical’, hoje, no Teatro João Caetano.

Musical estreia no Rio | Foto: Divulgação


“Usei o subúrbio como referência para os diálogos do Burro. Com a Fiona, por exemplo, falo: ‘E aí, princess’ (princesa). Também a chamo de ‘Nem’. Dou uma abrasileirada no personagem, sempre com um linguajar mais suburbano”, diverte-se o intérprete do animal, que na versão original do cinema foi dublado pelo ator americano Eddie Murphy.
O papel do temível, porém amável, ogro coube a Diego Luri, que confessa se identificar um pouco com ele. “Apesar de ser um cara grande, também tenho um coração enorme. Mas o que tenho de mais parecido com o Shrek é que sou estabanado como ele. Fomos fazer uma reportagem nos principais cartões-postais do Rio e eu derrubei, sem querer, uma moça no chão. Eu já sou desastrado, vestindo esse figurino, então, que tem essa cabeça pesada, é pior ainda”, ri Diego, que gasta cerca de R$ 2 mil em maquiagem e próteses de silicone a cada apresentação, para ficar igual ao Shrek.

Ator tem destaque em peça | Foto: Marcio Mercante / Agência O Dia

O Musical tem a estréia Oficial amanhã, dia 14 de dezembro no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Informações sobre preço, local, compra de ingresso este site aqui: http://xyzlive.com.br/2012/atracoes/shrek-o-musical-em-cartaz-no-rio-de-janeiro/ 


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Cláudia Leitte participa do 'Vale-Tudo na Globo', com Tino Júnior


Zezé di Camargo aplaude musical e tieta a filha e Rodrigo Sant'anna no camarim

12.dez.2012: Zezé di Camargo aplaude o musical "Shrek", que tem sua filha Camila no elenco, na pré-estreia do Rio de Janeiro


Ele bem que tentou chegar em cima da hora do espetáculo, mas o atraso de 40 minutos do início previsto fez do cantor Zezé di Camargo um dos famosos mais paparicados na estreia para convidados de "Shrek, o Musical" , nesta quarta-feira (12) no Teatro João Caetano, no Rio. Requisitadíssimo para fotos e mais fotos na plateia, o cantor, que pacientemente atendeu a todos os pedidos, trocou de papel nos bastidores. Sem cerimônia, ele sacou o celular e tratou de posar ao lado do ator Rodrigo Sant'Anna e da filha do meio, Camila Camargo.
  • 12.dez.2012: Zezé di Camargo visita a filha Camila no camarim do espetáculo "Shrek, o Musical"
"Belíssimo. Amei o musical, que é voltado para as crianças com toda aquela magia cênica, mas também tem um texto muito bom e divertido, que agrada aos adultos. Tudo impecável. Produção, figurino, cenário e sem falar nos atores. Ri bastante com o Rodrigo Sant'Anna, que está perfeito como o Burro, e sou suspeito para falar da Camila. Linda, talentosa e a mais afinada entre todos atores",  revelou Zezé assumindo a sua total corujice.
"Elogios de pai não conta, não vale, mas acho que deu tudo certo para mim e todo o elenco. Lógico que senti um friozinho na barriga antes das cortinas abrirem, ainda mais por ser um musical, onde você canta, dança, interpreta, troca de roupas várias vezes... Gracas a Deus tudo saiu perfeito", explicou Camila, que não escondeu a alegria de ver Zezé na plateia. "Ter o pai na estreia é sempre uma responsabilidade maior, mas um prazer imenso. Saber que ele veio para cá, pegou o avião, veio correndo só para me prestigiar é uma delícia. Ele é um paizão", entregou Camila, que espera o resto da família nos próximos dias.

"Tem certeza que ele quer tirar foto comigo?" foi a pergunta que Rodrigo Sant'anna, que ganhou popularidade interpretando Valéria no "Zorra Total", fez a um produtor ao saber do pedido de Zezé di Camargo na porta dos camarins. O ator agradeceu timidamente os elogios do cantor sertanejo e depois falou sobre a emoção da estreia."Toda estreia é tensa e tem que ser. Tem que ter aquela sensação de coração na boca. Se isso não acontecer, perde a graça", explicou Rodrigo, que ainda no palco pediu desculpas pelo atraso no início do espetáculo. "Tivemos que fazer um ajustes em cima da hora. Mas o público foi muito generoso, gostou do que viu e riu bastante. Isso que importa. Eu sempre trabalho para ver, ouvir e sentir a risada do publico", disse o autor do famoso bordão "Ai como eu tô bandida". Rodrigo Sant'anna, famoso por interpretar a Valéria do "Zorra Total", é o Burro no musical "Shrek"Zezé Di Camargo aproveitou para tietar Rodrigo Sant'Anna, que interpreta o Shrek no musical
Daniel Rocha, Isabel Fillardis com filha Analuz (12), Simone Soares com a filha Luana (8) Mel Maia, Joana Balaguer com sobrinhos Theo (6) e Davi (3), Vanessa Gerbelli e Daniel Boaventura foram alguns dos famosos na noite de estreia para convidados.
O espetáculo
Com duração de duas horas, "Shrek , O Musical" é uma versão brasileira do espetáculo que estreou na Broadway em 2008 em Nova York, nos Estados Unidos. Além do belo cenário, o luxuoso figurino mostra a preocupação da produção com o espetáculo. Diego Luri, o Shrek, e Rodrigo Sant 'Anna, o Burro, são os únicos que não trocam de roupas. O restante do elenco --26 atores-- mudam de três a quatros vezes de figurino.
Além dos cacos de Rodrigo Sant'anna, o destaque do espetáculo fica por conta da atuação de Marcelo Octávio, o Lord Farquaard. Sara Sarres, a Fiona, tem um voz belíssima. Diego também não fica atrás na hora de soltar a voz.
"Shrek, O Musical" estreia para o público do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, às 20h.

Entrevista com Rodrigo Sant'anna


Carioca criado no Morro dos Macacos, zona norte do Rio de Janeiro, de vida simples, porém muito observador, o tímido Rodrigo José Sant’Anna, 31 anos, hoje pode dizer que a vida sorriu para ele. Desde que foi escolhido pelo diretor da TV Globo Maurício Sherman para dar vida a tipos populares no humorístico Zorra Total, sua vida mudou. Hoje ele tem fama, conta bancária satisfatória e o melhor: muito trabalho pela frente. E em um bate-papo exclusivo com a revista Conta Mais, ele falou sobre seu passado, presente e futuro. Afinal, o próximo personagem será o burro, o melhor amigo de Shrek, no musical brasileiro que estreia dia 14, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Mais um entre tantos que surgem do meio do povo que ele sempre procura homenagear de modo a tornar dificuldades ou defeitos mais suaves por causa
do seu admirável humor.
Como surgiu a vocação para atuar?
Não sei, na adolescência começou a despertar essa vontade, para surpresa dos familiares, já que sempre fui tímido.
Você sempre comenta sobre sua infância difícil. Que privações passou?
Na verdade nada exagerado. Brincava com brinquedos da época, que faziam parte da minha realidade. Na ocasião, não havia essa conotação de ser realmente uma privação.
Você sempre se refere à sua mãe Ana Lúcia Sant’anna e a madrinha Solange Loureiro de Almeida com muito carinho. Que tipo de lições você aprendeu com elas?
Ser honesto em todos os tópicos e que a vida retorna o que você oferece a ela.
Você se considera ator ou humorista na essência?
Na verdade, sempre tive um problema em me considerar humorista, pois nunca soube fazer imitações, o que, pra mim, era imprescindível para um comediante.
Era esse o sucesso que esperava?
Era o que eu sonhei, mas não esperava...
De que forma a vida melhorou para você?
Estou podendo comprar quantos tênis eu quero.

Você conquistou aquilo que queria, em termo de bens materiais?
Acho que o ser humano nunca está satisfeito. Faz parte...
Podemos dizer que o Rodrigo está bem de vida?
Não, estou confortável.
Como é o assédio dos fãs?
Bem, sou tímido, mas sou grato por todo carinho que recebo. Ser perseguido pelos bordões é sinal de que as pessoas curtem.
O que o sucesso e a fama trouxeram de bom e de ruim?
Triplicou meu público no teatro, mas em alguns momentos tenho dificuldades de fazer coisas que gostaria, principalmente em outras cidades ou locais mais populares, porque sou mais conhecido.
O sucesso ajudou a lidar melhor com a mulherada? Elas dão mais em cima ou a cantada funciona melhor?
Não faço uso disso para me relacionar. A mulher tem que gostar de mim.

O que você tira do sério?
Erro não assumido.
Você sempre gostou de fazer personagens do tipo povão? E vem dando certo, né, Rodrigo?
Eu sou povão e eles são um reflexo do que eu sou. Meu humor vem muito do maneirismo e vou usá-lo até quando der. Aí penso em outra possibilidade. Mas, por enquanto, me agrada muito fazer humor dessa forma.
Hoje, o tipo povão é bem representado nas novelas e não é mais tão pejorativo como antes. O que acha desse destaque todo?
Agradeço a Deus, porque com minha cara ia ser difícil ganhar papeis de destaque nas novelas do Manuel Carlos.
Quais são seus planos profissionais? Pensa em fazer novela?
Eu penso em trabalhar onde me quiserem.
Você gostaria de ter um programa só seu, de humor?
Seria um desafio bem bacana ter um programa, mas Deus sabe a hora das coisas. Sou muito feliz no Zorra Total.

Para você, o humor tem limites?
É difícil falar de limites, pois são referências diferentes.
Valéria teve seu momento de consagração no Zorra Total. Agora é a vez da Adelaide. Quem a inspirou?
Minha avó (Adélia Rosa, que também gostou de um carinha que bebia igualzinho ao da personagem). É uma figura! Ela vive com uma atadura na perna, mancando por causa das varizes. Trouxe isso para a Adelaide, menos a bengala, para que a personagem fosse mais jovem.
Houve denúncias de racismo contra a personagem. Os autores do Zorra Total estão tendo mais cuidado com o texto dela?
Falo de gente pobre, feia, analfabeta, porque é o tipo de gente que convivi a vida inteira. São matéria-prima do meu trabalho. Pessoas das quais me orgulho, independente dos defeitos que tenham, e são homenageadas com humor. Graças a Deus todas as abordagens na rua são carinhosas.
Já rolou algo mais entre você e a Thalita Carauta (a Janete, do Zorra Total)?
Comentou-se muito isso na ocasião do surgimento da dupla. Mas não, somos amigos para sempre.

Dia 14 estreia, no Rio de Janeiro, a adaptação do musical Shrek. Como foi receber estê convite para viver o burro, amigo do personagem principal? Você foi o único ator convidado pela produção do espetáculo, que auditou mais de 2 mil artistas no país.
Foi uma surpresa. Eu nunca tinha visto nenhum dos filmes e não canto. Achei que fosse um personagem pequeno. Mas gostei do convite, porque é um papel que exige muito do humor. Por isso que aceitei. Não tem necessidade prioritária do canto, e sim do humor.
Mas você não canta nada, nem no banheiro?
Estou pisando em ovos, pois é uma região que não domino. Até brinco que se tiver de cantar vou ter de fazer uma terapia. Canto alguma coisinha, mas bem modestamente, no banheiro, tipo MPB.
Em que se inspirou para fazer o burro? O que o público pode esperar em mais este trabalho?
O burro é muito carismático, um pernagem incrível. Vou procurar trazer meu subúrbio, para o burro. Sempre busco isso, pois é minha marca e não gera desconforto.
Você acredita que vai agradar?
Não sei. Não tenho essa pretensão para afirmar se vai ser um sucesso, mas espero que haja aceitação do público e que se divirtam tanto quanto eu.