domingo, 1 de janeiro de 2012

Rodrigo Sant’anna, grande nome de 2011, só tem motivos para comemorar neste Ano Novo, mas não tira os pés do chão: ‘Tenho medo de virar um mito’




O ano de 2011 teve nome e sobrenome: Rodrigo Sant’anna. E o crédito de tamanho sucesso é todinho da nada convencional Valéria, que, saída do “Zorra total”, é, sem dúvida, a personagem mais badalada do ano. Prestes a começar um 2012 também de muito trabalho, o ator só tem o que comemorar neste réveillon.
— Ver 2011 como o melhor ano da minha vida acho até meio derrotista porque muita coisa ainda pode estar para acontecer para mim. Mas mesmo que eu consiga
emplacar um novo personagem, sou, sim, muito grato a tudo o que rolou por causa da Valéria — diz ele, que, hoje, além do “Zorra”, tem programa de rádio de segunda a sexta-feira, de manhã e à tarde, e espetáculos todas as noites, além dos outras coisas que pintam: — Estou dando entrevista e, ao mesmo tempo, emitindo uma nota fiscal. E ainda nem almocei (o papo com o EXTRA rolou por volta das 15h num dia de semana)! Eu tento me adequar...
Nascido em Vila Isabel e atualmente morador do Flamengo (o apartamento foi comprado este ano, assim como o da mãe, também na Zona Sul (“Tirá-la do subúrbio e trazê-la para perto de mim foi meu grande sonho realizado em 2011”), o ator diz que graças a Valéria tudo em sua rotina triplicou: convites, aparições na TV, fãs, trabalhos... Em compensação, faltou tempo para a vida pessoal.
— Eu gosto muito de ir ao cinema, mas quase não fui esse ano. Nem ao teatro, que eu adoro! Foi dificil até estabelecer novos laços de amizade. A coisa veio de um jeito tremendo, e eu tinha fazer tudo sozinho. Quando começou a pintar teatro de segunda a segunda, eu pensava “Caramba, eu preciso de um dia para mim!”, mas não dava. Uma coisa simples, como sair para jantar com meus amigos, é impossível para mim — diz ele, que explica: — É mentalidade de ex-pobre, vindo do Morro dos Macacos, que acredita que tem que aproveitar todas as oportunidades enquanto está dando certo. Por isso não deixo escapar nada, até porque amanhã o povo pode enjoar de mim. São milhões de incertezas, e o melhor que eu faço é trabalhar. Quero continuar assim até acabar! Mas tomara que não acabe...
“Tenho medo de virar um mito”
Mas engana-se quem pensa que tanta novidade assim tirou os pés de Rodrigo do chão:
— Tenho medo de virar um mito, quero continuar para sempre sendo uma pessoa palpável. Gosto de administrar minha vida, não tenho empresários nem assessores. Se eu tiver que ir ao shopping, eu vou e ando normalmente. As pessoas param, falam, querem tirar fotos... Eu trato isso de forma muito natural, e as pessoas percebem isso em mim. Acho que quando o artista valoriza muito isso, ele se torna inacessível.
Para 2012, Rodrigo quer continuar trabalhando muito. Mas prefere não fazer grandes planos:
— Acredito que a gente não tem como domar as rédeas do futuro. Às vezes a gente planeja muitas coisas, e dá tudo errado. Ou dá certo, como foi a Valéria, que não achei que fosse acontecer nessa proporção toda que foi. Eu sou muito espiritualista, acredito que as coisas acontecem independente da nossa vontade. Então, desafogo essa necessidade do novo, de saber como vai ser 2012. Claro que tenho coisas na manga, todo mundo tem! Mas, como canta Zeca Pagodinho, eu deixo a vida me levar!


http://extra.globo.com/tv-e-lazer/rodrigo-santanna-grande-nome-de-2011-so-tem-motivos-para-comemorar-neste-ano-novo-mas-nao-tira-os-pes-do-chao-tenho-medo-de-virar-um-mito-3538968.html

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